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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Um Cheiro que Odeio

Eca!

     Descobri que odeio o cheiro de framboesa. Isso, aquela frutinha vermelha (não gosto muito de frutas vermelhas em geral) que me dá mau humor quando cheiro. Tenho um lip balm da QDB? que fede, me dá uma sensação horrível nos lábios, pensei que estivesse vencido, mas era só o cheiro de framboesa. Um perfume que odeio com todas as forças é o Diva Púrpura da Jequiti, o que tem nele? Framboesa no coração! Miss Gabriela (um flanker para garotinhas do Gabriela Sabatini) e Guess Girl também me irritam, ambos tem framboesa na saída. O Cool Water feminino, que tem um cheirinho de melão que me agradou muito tinha algo esquisitinho lá no fundo... framboesa! Pra não dizer que não sou uma pessoa que me permito a possibilidades, tem um perfume com framboesa na saída que eu gosto, mas porque ele tem tantas notas que a bendita não se manifesta, felizmente: Laguna.

     Geléia de framboesa eu como mas nem curto. Acho que framboesa é uma "fruta" feita em laboratório, sei que ela existe de verdadinha, mas me cheira e tem paladar tão sintético que sei lá, aquilo deve ter muita química pra me cheirar tão irritante e desagradável. Não vou dizer que meu ódio se estenda a todas as berries do mundo, mas se um dia eu vier a reclamar de algumas outras frutinhas-bonitinhas-inofensivas-que-fedem, a culpa é toda da framboesa :p

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Novidade: CK 2

 Acho que já vi este frasco antes em algum lugar...

     Novidade para 2016, 20 anos depois do delicioso CK One. Esta é outra proposta de perfume sem gênero e aqui estou eu para desejar... a notícia original está aqui

     Um desgosto: a semelhança sem vergonha com o frasco do 212 da Carolina Herrera.

   Uma felicidade: a pirâmide olfativa, composta por saída: wasabi, tangerina, folha de violeta, coração: calçada molhada, cimento, rosa, raiz de orris, fundo: vetiver, sândalo, incenso. Como assim calçada molhada e cimento eu adoro esses cheiros! Necessito.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Kill the Sun - Xandria

Fonte: Amazon

     Eu tinha 15 anos quando ouvi Mermaids, a música que me apresentou o Xandria. Um amigo meu do MSN (RIP!) me enviou junto com Razorbliss do Flowing Tears (banda que merece resenha também) e foi amor à primeira ouvida. Baixei o álbum Kill the Sun e com o passar dos anos fui acompanhando de longe a carreira da banda. 

     Reservo este parágrafo para pagar pau pra primeira e única vocalista do Xandria, Lisa Schaphaus Middelhauve, ora ruiva, ora morena, ora loira, é a única cantora digna do Xandria e quando ela saiu foi um relho. Era um entra e sai de vocalista, depois a banda parece que se acertou com uma Tarja-Turunen-wanna-be e aí foi a nightwishlização do Xandria. Estranhamente essa catástrofe teve grande aceitação dos fãs, sucesso comercial e bem... não sei e nem quero saber porque o Xandria pra mim encerrou no Salome - excelente álbum, último com Lisa - e sim, eu odeio o Nightwish com bastante força, sobretudo a era Tarja, aquela que canta com um ovo na boca. Lisa que não tem ovo na boca, inclusive, é extremamente simpática nas redes sociais, adoro as postagens sem noção dela, ela é tão gente como a gente... O motivo que a fez deixar abanda foi uma forte carga de estresse após o álbum India, daí a banda fez o Salome meio que se despedindo dela. Lisa está numa carreira solo pífia, mas está saudável e feliz e, no fim das contas, é o que realmente importa, né? Certas vocalistas "divas" deveriam aprender a filosofia do deboísmo...

     Voltando ao tema do post, que não é falar mal da Tarja Preta nem do Nightchato juro!, o Kill the Sun é o álbum de estreia da banda alemã, em 2003. Pra quem como eu já ouviu um sextilhão de bandas de vocais femininos, pode até soar mais do mesmo, mas o Xandria nesse álbum tem algumas peculiaridades sonoras.

     Iniciando com a faixa-título que tem um arranjo meio grunge no refrão, passando por Mermaids, o álbum abre bastante ok, nada de surpreendente. A terceira faixa, Ginger, é, no entanto, uma das melhores canções da banda. Guitarra densa, uma letra bem construída, um bom refrão e aí está o simples, porém bom. Seguimos para She's Nirvana, que é uma das minhas favoritas. Estranhamente esta faixa e a sétima, So You Disappear tem duas versões diferentes e eu não ao certo por que e nem qual é a versão original. She's Nirvana que é levada no violino e contrabaixo é bem mais bonita (e um tanto exótica), enquanto a So You Disappear que é cantada por um cara aleatório me desagrada um pouco, prefira a versão com a Lisa.

     A quinta faixa, Forever Yours, é bem sensual. Vi uma postagem de Lisa no Facebook dizendo que ela a compôs pra uma namorada dela da época (a parte do "fingertips open spaces that make me complete" é bem sugestiva huahua). Não é uma baladinha, é uma canção "hoje tem!". A próxima é Casablanca, outra que tem uma pegada que lembra grunge, animadinha pra quebrar o fogo da faixa anterior e também está no meu top do álbum. O ponto alto do álbum com certeza é Wisdom, na qual Lisa deixa de lado o vocal cantado/sou uma mocinha de voz bonita e sussurra acompanhando o ótimo arranjo da guitarra. Tem uns efeitos também nessa faixa, dá vontade de headbanguear com ela. Finalizando, a coisa mais exótica - e até um tanto fora de lugar - do álbum: Calix Virago. Então, essa música lembra... flamenco (?!) Tem uma spanish guitar nela, uma coisa bem Julio Iglesias feelings que só dá pra explicar quando se ouve ela. A canção é ótima, não me entendam mal! Só é meio "oi? cadê o symphonic metal que tem uma bipolaridade com refrões grunges que estava aqui?", e a amo justamente por este inesperado.

     O álbum é bem compacto, 10 faixas de curta duração e é do tipo "se melhorar, estraga". Digo isso porque acho o Ravenheart e India (os álbuns que vieram depois) um tantinho over, por conta de teclado demais, coralzinho sem graça que só aparecem pra dizer que tem em algumas músicas. São álbuns bons, mas não são meus favoritos. A banda voltaria a fazer um trabalho ótimo em Salome,que lembra muito o Kill the Sun em algumas faixas: Beware, Emotional Man e On My Way. 
     

domingo, 25 de outubro de 2015

To Be Woman - Police


                                
                                                                                     ("Ser ou não ser um frasco fofo?")


     Visto numa liquidação por 50% de desconto eu não poderia deixar passar esse frasquinho rock ultra mega fofo. Eu havia experimentado esse perfume antes na fitinha olfativa e na pele ele é ainda mais interessante. Abre com um cheirinho cítrico, algo como Halls de maçã verde e quando vai evoluindo fica um pouco mais eencorpado, confortável e me remete à torta de maçã. Achei-o bem linear e me lembrou ao longe o Be Delicious da DKNY, só que considero o Be Delicious melhor que este.

     To Be Woman tem uma projeção muito tímida; pra eu senti-lo tive que #mejogar e sofri com a falta de sillage. É um perfume extremamente intimista e achei a fixação fraca, justamente pela projeção que em mim não foi das melhores, o que é inesperado pra um Eau de Parfum e é uma pena, pois o cheiro é muito, muito agradável, me lembra vento de verão, bikini, óculos de sol., situação casual. Inclusive usei-o ontem no trabalho e depois do trampo fui fazer as pazes com a natação, estava com saudades da piscina...

     Pelo valor que paguei acho que valeu a pena, sobretudo pela fragrância e frasco, mas considerando os pontos negativos, acho que o preço real dele não condiz com o resultado final. 

OBS: na compra veio de quebra um fone de ouvido da marca que esqueci de fotografar. Mesmo se tivesse odiado tudo no perfume, eu teria tido um prêmio de consolação :p


sábado, 24 de outubro de 2015

Barato & Honesto

                                                    (O suvaquinho da Mulher Maravilha muito bem protegido!)

     O que falar desses desodorantes que já usei muito e gastei pouco e já considero pacas? Protege de tudo, tem cheirinhos deliciosos e duradouros e  ainda hidrata o suvaco as axilas. E baratos... honestíssimos. Mulher Maravilha aprova!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Esse é Irmão Desse

     Eu só tive um perfume da Quem Disse Berenice? e gostava muito do cheirinho dele, era o Meu Jardim Secreto É Mais Verde e como na época eu usava um mesmo perfume até esgotar, esse me enjoou na metade do frasco, não por ser doce ou enjoativo, ele não é!, mas porque eu só usava ele e eu sou enjoada mesmo. Passei adiante para minha mãe que secou o resto do frasco, frasco esse que enfeita minha escrivaninha/penteadeira, porque é muito bonito e gosto de abrir a tampa e cheirá-lo:
Fonte: site da QDB?

     Eu tenho o objetivo de não recomprar perfumes. Se os que tenho acabarem, acabaram (com duas exceções que outro dia explicarei) e nada poderei fazer. E esse daí é difícil de ficar sem repor, porque é muito gostoso: é bem pra dia-a-dia e pro verão/primavera, um floral verde (de acordo com o Fragrantica) que remete a campo, folhas e flores delicadas. Repito: ele não é doce, mas nem por isso deixa de ser delicado e feminino. Pra mim, nele se destacam melão, pêra, cedro e alguma coisa de sândalo. A fragrância é muito agradável, excelente pra quem não gosta de floralzões ou adocicados. O defeito em mim (que não tem muita facilidade em fixar perfumes, ok?): não fixava bem e a projeção era bem chulé. E por me lembrar disso me mantenho na resolução de não recomprá-lo.

     Só que o destino prega peças e numa compra que fiz de miniaturas, recebi essa lindeza aqui:
(Fonte: site da Amazon)

     O Pretty, de Elizabeth Arden é o gêmeo do QDB?! No quesito frasco que diz o que o perfume é, acho o da QDB muitíssimo mais fiel, porque esse rosado e o nome "Pretty" me faz pensar em algo açucarado, de garotinha (tipo Fantasy, Pink Sugar) e sim, pode ser de garotinha, mas a garota de Pretty gosta de liberdade, vento na cara enquanto pedala de bicicleta, passar férias na casa de campo.

     Se o cheiro é idêntico, o mesmo não digo da fixação e projeção e aqui o gêmeo gringo arrasa: fixa muito bem mesmo no calorão de hoje (Rio de Janeiro em outubro é o inferno chegando huehue) e a projeção é muito boa, claro que se observarmos que este é um perfume pra temperaturas mais altas e pro dia-a-dia e não para abalar corações, ok? Ele é ideal para trabalhar e ocasiões casuais.

     Procurei pelo Pretty na internet, o que achei foi um preço de$animador e em desapego achei só o Pretty Hot, que é um flanker de embalagem mais bonita, mas que desconheço o cheiro e se bobear vou comprar porque tá barato e compro às cegas mesmo!

     Eu disse que não vou recomprar o QDB?, mas nada me impede de : 1) ganhá-lo (e aí não me incomodaria de reaplica-lo o quanto fosse necessário!) ou 2) comprar o gêmeo-lindo-rhyco-que-é-mais-poderoso. Não é trapaça, é estratégia :)


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Lorac Pro 2 - Lorac

   

      Na febre de paletas em tons neutros a campeã de vendas era a Naked da Urban Decay com suas 3 versões. Tenho a original e a terceira, gosto muito da pigmentação e variedade da primeira e dos tons rosados da terceira (apesar de ter me arrependido em parte por ter comprado a 3, falo disso em outro post), mas não gosto muito do fato de haver raras cores matte e ter muito brilho. Sinceramente, para um produto chamado "nua" acho que tem muito shimmer.


     Daí que vendo resenhas no Youtube da "perfect palette tag" me deparei com vários elogios à marca Lorac, principalmente às paletas Lorac Pro e Lorac Pro 2. Pra começar, cada paleta vem com 16 tons de sombras, as quais metade é matte. Preciso falar mais? Deixarei que as imagens da Lorac ro 2 digam por si só...


     A embalagem é menos pomposa que as Nakeds, se assemelha um pouco mais com a Naked original, mas não é de camurça e sim de um material meio emborrachado que suja fácil (assim como a camurça da Naked pega pelo fácil...) mas é bem mais compacta (só ver a finura dela comparada como pincel) e mais leve. Sim, vem menos quantidade de sombra do que a Naked, mas não é demérito, quando se apresenta 4 cores a mais.

     A Lorac Pro 2 vem junto com um primer para olhos que esqueci de fotografar junto, sorry, e é vendida como uma paleta para tons frios (a Lorac Pro original é para os tons quentes, comprei ela também, está nos Correios faz umas semanas já huehue) mas sinceramente não ligo muito pra isso de quente/frio, se as cores me agradam eu uso. Adorei os 50 tons de cinza, achei que ficam muito harmônicos com as cores Navy. Plum e Jade (que são as cores mais alegrinhas da paleta) e os rosadinhos/marrons superaram a Naked 3 (ainda não consegui lidar com essa compra, confesso).

     A má notícia é que a linda não vende no Brasil, ou melhor, vi em uma loja virtual, estava por R$ 279,00 e simplesmente não estava di$po$ta a pagar esse valor, então achei as duas versões no Enjoei - as vendedoras juraram por Deus que são novas, quem sou eu pra duvidar por R$ 100,00 né? - originais :)

     Concluindo sou o team Lorac (Carol de trás pra frente, ok?) e estou tentando lidar com o fato de ter gasto muito mais na Naked 3 sem ter amado nem 50% do que amo a Lorac Pro 2, mas é a vida que segue. Lorac Pro, sua linda!



Lady Million Eau My Gold! - Paco Rabanne

   (É o mais próximo de um diamante que tenho no momento...)

     Não conheço o Lady Million original então não poderei comparar a belezura da foto com a primeira versão, sorry! No entanto, pelo que vi de resenha, esse flanker não se parece com o original, então não espere similaridades entre eles. Esta foi uma compra às cegas, aproveitei uma promoção da The Beauty Box (já é a segunda vez que faço jabá da loja sem ganhar nada, humpf) e, bem, gostei demais do diamante dourado.

     A coisa que mais me chamou a atenção antes de cheirar o perfume foi o trocadalho do nome dele "Eau my gold!"/"Oh my God!" e isso me passou a ideia de ser uma fragrância jovem e descontraída. Ao borrifá-lo a suspeita estava certa: no papel ele tem um cheirinho delicioso de coquetel de manga, adocicado. Na pele o adocicado é menor, logo de cara a bergamota e o almíscar se pronunciaram em mim. A flor de laranjeira deixa o cheirinho fresco, alegre e jovial e esse com certeza é uma boa opção para o dia ou noite de verão ameno e trabalho. Em mim ele projetou muito bem (quase 5h sentindo o cheiro sem ter que me cafungar) e a fixação foi maravilhosa (12h bem rente à pele!), mas isso foi em um dia ameno, não posso dizer como ele se comporta no calor, apesar de que acho que em um calor extremo ele pode sufocar. A evolução é interessante, depois de algumas horas o sândalo e o cedro aparecem, mas a manga se mantém até o fim, bem harmônica com as outras notas.

     Não usaria ele diariamente porque por mais que eu tenha adorado o cheirinho de caipifruta de manga (estou até salivando!) e ele ter projeção e fixação mara, tenho certeza de que enjoaria fácil, porque de alguma forma ele me lembra perfume gourmand (detesto gourmands...) só que, claro, de uma forma positiva, se for usado intercalado. E ele é bem elegante, não é o tipo de perfume pra bater, né?

     Esse é do tipo que agrada gregos e troianos: atrai formigas e é bem usável para os que não curtem tanto doce, ou seja, é uma boa pedida de compra às cegas e é muito versátil (pra noite é só borrifar mais que deixa rastro).

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Gabriela Sabatini - Gabriela Sabatini

Não se iluda com o preço camarada e a embalagem feiosa. Esse é um perfume de respeito!

     Lembro-me de ouvir falar desse perfume em tom saudosista (eu só conheço gente mais velha que gosta dele) e na minha cabeça construí toda uma figura pra ele: uma senhora de meia-idade fumante, bebendo gin e o perfume se misturando com o cheiro do álcool do gin e isso não é lá uma imagem muito estimulante. Odeio a embalagem. Parece um reparador de pontas barato, essa cor amarela me desanima, a caixa roxa também não é lá grande coisa... só imaginava uma coisa: álcool, muito álcool.



     E não estava totalmente enganada quando pensei no álcool. Na primeira borrifada os aldeídos gritam e esse não é um perfume pra se usar em demasiado. Duas borrifadas dão conta e como ele evolui! As notas de coração que em mim se destacaram foram as de um buquê de jasmim, lírio, flor de laranjeira (apenas a flor, nada  a ver com a fruta!) alguma coisa como rosa e no fundo uma baunilha agradável, muito levemente doce. Passei o dia com o colarinho da camisa pólo com um cheirinho confortante, fino. Sim, fino, do tipo advogada prestes a ganhar uma causa ou uma mulher que vai a um encontro não para agradar, mas para ser agradada. 



     Este é um caso clássico de que perfume é uma coisa muito pessoal e cada pele gera uma reação diferente: em algumas pessoas é só o álcool que impera, o buquê e a baunilha não aparecem e a sensação de tia-cigarro-gin é eterna. Uma pena que não foram escolhidos por Gabriela. Fico feliz por ela ter me escolhido.



OBS: o perfume é inspirado na tenista, mas de forma alguma esta fragrância é esportiva. É muito mais noturna e invernal, mas tem uma certa versatilidade e se usada em dose homeopática é bem usável durante o dia (ar condicionado, ok? Nada de levar Gabriela pro sol escaldante!)


domingo, 11 de outubro de 2015

Griefshire - Elis

Fonte: Amazon

Essa é uma banda que gostei logo na primeira vez que ouvi. Na época eu ouvia o Dark Clouds in a Perfect Sky e o God's Silence, Devil's Temptation que foi o debut da banda. Eles estavam para lançar o terceiro álbum quando a   vocalista, Sabine Dünser, faleceu  e é sobre este terceiro disco que vou fazer a resenha e sinto que ela vai ser bem longa.

Griefshire ("condado da aflição", em uma tradução livre) é uma micro peça literária que virou música. Inteiramente escrito por Sabine, exceto a faixa bônus, esse é um álbum conceitual que trata sobre dois irmãos, a criação mística que tiveram, um triângulo amoroso entre eles e o fanatismo religioso de um deles e como isso mudou para sempre a história da família. O conceito do álbum, no original você encontra aqui, em inglês. Para a resenha vou contar a história do meu jeito.

Esse álbum, apesar de conceitual, não tem apenas um ponto de vista e as canções são a história contada por personagens diferentes, ao contrário do que acontece no Invisible Circles do After Forever. Os personagens são o irmão mais velho, o mais novo, a mãe deles (que é apenas mencionada), a mulher que ambos amam e a filha que essa mulher tem com o irmão mais velho. O mais velho além do fator primogeneidade é belo, um líder nato que tem certeza sobre sua missão de pregar sua seita, enquanto o mais novo, tem algum tipo de deficiência de mobilidade (não explicada qual é), pureza de coração, integridade e tem ses questionamentos interiores sobre a seita do irmão. Ambos foram criados pela mãe numa atmosfera mística e isso foi melhor absorvido pelo mais velho. Esse mais velho, inclusive, se casa com uma mulher dividida entre o amor dele e o do irmão e juntos eles tem uma filha.

O álbum inicia com Tales From Heaven or Hell, que é como a filha do irmão mais novo, já falecido, descobre o passado de sua familia através de um diário. Essa faixa começa apresentando o peso da banda, com suas guitarras características. A novidade aqui é o coro, nunca antes presente nos álbuns do Elis e que agregaram muito. Coro inteiramente masculino, sem aquele apelo operístico.

Die Stadt tem uma pegada Leaves' Eyes na era do Vinland Saga. Sabine era amiga de Liv Kristine e provavelmente trocaram influências. Essa faixa apresenta o condado no qual os irmãos moravam e como o local atualmente está despovoado.

Show Me the Way é a faixa mais chiclete, com um refrão que fixa. Ela narra como os ensinamentos da sábia mãe tornaram os irmãos pessoas fortes. Nunca foi das minhas faixas favoritas, acho ela bem bleh, mas fazia parte de todas as set lists da banda.

Brothers é sobre a relação dos irmãos, já sem a mãe. A introdução na guitarra e o teclado que vai despertando a música dá uma idéia de misticismo. Há a presença sutil do gutural de Tom Saxer, que eu adoro, o cara é um dos meus guturais favoritos de sempre e um riff muito cativante. 

Seit Dem Anbeginn Der Zeit era uma faixa que eu sempre pulava, por achá-la muito arrastada. Também trata dos irmãos, de como o mais novo admira o mais velho e de como eles são amigos. De fato, a faixa soa longa demais, não tem refrão e pode ser um tanto difícil de gostar de cara. Depois que me "acostumei" com ela, passei a gostar. A letra é muito bem feita e para quem aprecia o alemão, dá até pra arriscar a cantá-la.

Remember The Promise traz de volta a dinamicidade do álbum. Ela já é sobre o rompimento dos irmãos, dado o fanatismo religioso do mais velho. O mais novo vai embora da província, deixando o amor que disputava com o mais velho. Um refrão bem construído, as guitarras não decepcionam e o coro retorna. Nessa altura já dá pra notar que o coro representa os seguidores da seita do irmão mais velho, clamando por salvação. A faixa termina dando um link para a próxima faixa:

Phoenix From The Ashes é a seita propriamente dita. O "we will rise from the ashes" cantado no início e o título da faixa já sugere algo que acontecerá no fim da história... não gosto muito do teclado nessa faixa, acho-o um pouco demais. No Elis, as guitarras e o teclado sobram às vezes. Em Griefshire, eu culpo o teclado, unicamente, mas nos outros álbuns anteriores eu achava as guitarras um tanto quanto caricatas, excessivas. Ainda sim é uma ótima faixa, daquelas que agradam logo na primeira "ouvida".

How Long é a primeira balada, bem bonitinha. É sobre como a mulher do irmão mais velho, que é apaixonada pelo mais novo percebe aos poucos o fanatismo do marido e teme por sua vida e a vida da filhinha que eles tiveram.

Innocent Hearts traz guitarras em equilíbrio com o refrão maravilhoso. O irmão mais velho ameaça sua esposa, impedindo-a de ir embora com a filha. O cara já está enlouquecido de vez e Sabine soa áspera no vocal, exceto no refrão, lindo, suave. O coro volta, porque a seita iludida clama para que a esposa fique.

Forgotten Love é o momento chororô triste do álbum. Que música triste! Nem a trato como balada, é uma reflexão de como a esposa se arrepende amargamente de ter deixado o seu verdadeiro amor, o irmão novo, partir. O teclado e o violino só fazem as coisas ficarem mais desoladoras. É o tipo de música que faz você chorar, seja pela letra, seja pela melodia, que é muito bonita.

The Burning faz a choradeira da faixa anterior logo no primeiro segundo. O irmão fanático pira de vez e tem a brilhante idéia de pôr fogo na cidade para "purificar" os fiéis. Como fênix, eles deveriam ressurgir. Gutural, guitarras tunadas, coro e o teclado, que agora faz sentido estar over faz este ser o ápice do álbum. O irmão mais novo voltando para o condado vê as chamas e por conta de sua deficiência só consegue resgatar a filhinha de seu irmão. Ele leva a menina embora, tornando-se seu novo pai. Griefshire se acaba em chamas juntamente com seus moradores. Provavelmente minha faixa favorita do disco.

A New Decade é o epílogo, a esperança de mudanças para melhor. Faz a tríeade das melhores faixas do álbum.

Ainda tem a faixa bônus, cover do Black Sabbath, Heaven And Hell e esse é o cover. A banda fez um trabalho impecável. As guitarras matadoras e o vocal de Sabine fizeram desse um cover excelente. O finzinho da faixa quando se acelera é o melhor. Eles não poderiam ter encerrado o álbum de forma melhor.

No single de Show Me The Way (tanta faixa melhor pra ser o single...) ainda tem as faixas Salvation (o coro maravilhoso), These Days Are Gone (lembra muito Innocent Hearts, tão boa quanto), In Einem Verlassenen Zimmer (é um poema de George Trakl, Sabine cantou outro poema dele em Ballade, do Dark Clouds in a Perfect Sky) e Show Me The Way cantada pela vocalista substituta de Sabine, Sandra Schleret. Não posso dizer de qual versão prefiro, porque como dito antes, não curto essa música. Se fosse Brother teria sido muito melhor.

Eu atribuo uma nota 9,00 a esse disco e muito dessa nota vem de todo o capricho de Sabine, tanto que ela considerava este álbum o "bebê" dela. Letras muito bem construídas, a arte do disco segue bem a atmosfera importa pelas faixas e o vocal e guitarras impecáveis, guitarras essas que eu tinha algumas criticas no CDs anteriores. O coro é uma novidade muito bem vinda, merece destaque. O teclado é o que poderia tr sido diferente em algumas faixas e a chiclete terceira faixa me desanima a dar uma nota máxima. O musical do Elis nesse disco lembra Leaves' Eyes e o UnSun, já o vocal de Sabine acho bem peculiar e falando nisso, acho as músicas do Elis difíceis de serem cantadas por conta das notas das guitarras. Os vocais não são operísticos, mas não é qualquer uma que faria um bom trabalho na banda e por isso comemorei quando Sandra Schleret assumiu o lugar de Sabine e com ela veio o último álbum da banda, o Catharsis. 


Track listing

  1. "Tales From Heaven or Hell" - 4:17
  2. "Die Stadt" - 4:19
  3. "Show Me the Way" - 4:06
  4. "Brothers" - 4:23
  5. "Seit dem Anbeginn der Zeit" - 5:40
  6. "Remember the Promise" - 3:24
  7. "Phoenix From the Ashes" - 4:19
  8. "How Long" [another version on Digipack] - 4:03
  9. "Innocent Hearts" - 5:11
  10. "Forgotten Love" - 4:23
  11. "The Burning" - 4:43
  12. "A New Decade" - 3:46
  13. "Heaven and Hell" (Black Sabbath cover) [Bonus on Digipack] - 4:53

Fonte: Wikipedia

sábado, 10 de outubro de 2015

Limão Siciliano - Phebo



     Pense numa colônia com cheirinho de limpeza, pureza, frescor e um dia de verão com ventinho gostoso. Agora pense numa colônia que não tem resenha negativa, o típico produto que agrada a todos, um coringa para o clima quente. Aí está, na foto acima.

     Essa colônia da marca Phebo é ideal para aqueles dias despreocupados de calor, tem cheiro de carioca que voltou da praia e tomou banho ou de casa recém faxinada ou de clima de início de ano, quando fazemos votos de mudanças, de desejos de nos purificarmos e sermos pessoas melhores, é coisa boa, coisa leve. O tal limão que emana da colônia me lembra mais uma limonada ou um chá gelado de capim limão do que a fruta limão propriamente dita. É um cítrico gostosinho que refresca e não agride. Dá pra sentir o alecrim, cedro e alguma coisa levemente ardidinha (agora imagina essa leve ardência refrescante num verão infernal, que delícia!) que ao ler as notas percebi se tratar de pimenta negra. 

     Não realizo esta colônia em tempo frio. Esse é um cheiro de dia de sol, dia alegre, aquele dia que o que importa não é a fixação, você quer apenas se sentir bem, limpo. Essa é a fragrância certa, até porque estamos falando de uma colônia água de banho e o fator fixação não é relevante. Gosto de usá-lo após o banho à noite quando está calor, dá uma sensação muito gostosa nos lençóis e recomendo um outro uso pra ele: como difusor de ambiente, dá aspecto de casa limpa, com boas energias. 

     Uma outra recomendação minha é que visitem a loja da Phebo/Granado. A loja é super vintage, aconchegante, rhyca e tem a vantagem de ter mostruários pra que se possa provar as outras fragrâncias. Gosto tanto da Granado (loja que comprou a Phebo) que o tema do meu TCC foi o reposicionamento da marca no mercado e como isso foi positivo para a empresa. Essa colônia de Limão Siciliano também pode ser encontrada nas Lojas Americanas e Leader juntamente com os outros cheirinhos da linha, que não conheço ainda.

Comprando Cosméticos na Crise

                                            (dois blushes novos e originais da The Balm a R$ 50,00 no Enjoei. Lembro que paguei R$ 2,00 de frete num dia promocional)

A coisa não está fácil pra ninguém. Em meio a tantos aumentos, fica a lista de prioridades e começa-se o corte de supérfluos, afinal, de que adianta uma make bonita com as contas vencidas? Os cosméticos estão muito mais caros por dois motivos simples: 1-  aumento nos impostos para fabricação e distribuição e o dólar a R$ 4,00. O irônico é que surgem lançamentos de marcas importadas justamente nessa época do ano (os chamados holiday cosmetics) e aí você começa a babar querendo maquiagem importada da boa e da melhor qualidade, só que lembra de como seu bolso está vazio #comofas.


O que posso dar de dica é... 


1- Procure dupes. Sempre haverá uma marca nacional que terá uma tonalidade gêmea de uma internacional. Savana Matte da Contém 1g gêmeo do Diva da MAC, Retrô Matte  da Avon gêmeo do Please Me da MAC. Já vi na internet uma lista de batons nacionais dupes da marca, a lista é imensa.


2- Compre de segunda mão. Isso é uma questão muito pessoal, há quem odeie só imaginar usar algo que alguém já usou. Eu mesma não uso batons que passaram por outras bocas uy!, mas sou tranquila em relação a outros produtos: perfumes, sombras, blushes. O Enjoei é um site ótimo para caçar produtos de marcas importadas por preços mais baratos, seja porque são usados, seja porque estão sem embalagem, whatever. Não custa nada dar uma olhada e pechinchar. Só tome cuidado, pois há muuuuita réplica vendida como original e isso dá altas tretas. Já comprei produtos gato por lebre umas 03 vezes, felizmente o site é bem ágil para resolver esses problemas.


3- Promoção, promoção, promoção. Cadastre-se para receber as newsletters das lojas que você gosta e fique atenta para quando houver promoções. A The Beauty Box online é bem generosa e quase todo dia tem alguma oferta. Outra opção é aguardar pela Black Friday, mas ficando atenta com as ciladas do e-commerce brasileiro, como produtos com prazo de validade vencendo, "promoções" que na verdade é o preço real do produto, paciência eterna com a entrega dos Correios.


4- Não comprar. É, essa é a dica mais radical, mas a que mais vai proteger seu orçamento. Pense se você realmente precisa daquele produto, se pode esperar mais um pouco. Talvez você tenha um produto que nem usa muito e que pode ter o mesmo efeito do que o que você está desejando comprar. E não se iluda muito com as "edições limitadas", os produtos sempre se renovam e com certeza haverá um estoque encalhado que será vendido em janeiro pela metade do preço... 


No mais desejo boas compras e que seu cartão de crédito não sofra muito :p


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Dead Again - Type O Negative

Fonte: Metal Archives

     Um ritual que tenho no mês de outubro é ouvir Type O Negative. Pra mim a banda é a cara do Halloween e como nos EUA essa parte do ano é outono (daí o nome de um dos álbuns da banda se chamar "ferrugem de outubro" October Rust), consigo associar as músicas com dias nublados, que amanhecem frios e ficam abafados à tarde, folhas secas no chão que as pessoas adoram pisar pra ouvir aquele "crack", uma atmosfera mais intimista e um tanto quanto antissocial. Definitivamente não penso em sol e em dias floridos. Eu poderia falar sobre o October, mas dessa vez a inspiração é o Dead Again, derradeiro álbum e provavelmente meu favorito.
     Dead Again não tem o apelo comercial como o Bloody Kisses e October Rust, no qual a banda apresentava um Peter Steele bonitão e extremamente sexy (os clips Christian Woman e My Gilrfriend's Gilrfriend não me deixam mentir!), nem a crueza da juventude de Slow, Deep and Hard ou The Origin of the Feces. A banda teve uma fase mais densa, no World Coming Down, que é um álbum que não consigo ouvir com muita frequência inteiro, devido a alta carga de depressão e desolação e uma fase "deixa rolar" com o  Life Is Killing Me, que pra mim é o álbum que melhor oferece um contrabalanço: faixas mais comerciais (I Don't Wanna Be Me e a faixa título), uma balada (We Were Electrocute), faixas mais down (Anesthesia, Nettie) e as músicas que marcam o humor sarcástico de Peter, presentes nos primeiros álbuns da banda (Angry Inch, I Like Goils). Tem de tudo um pouco e foi nessa transição que a banda lapidou o que considero a obra prima e que tem o gosto amargo de despedida.
     O tio barbudo da capa, para quem não conhece é o Rasputin o vilão do desenho Anastácia e tem tudo a ver com o "morto novamente" do título, é só pesquisar a vida dele na Wikipedia. Peter já estava numa fase mais amadurecida de sua vida após anos consumindo drogas pesadas, tido tratamentos psiquiátricos, ido preso, terminado um relacionamento de anos com sua Elizabeth (e ele chama por ela em September Sun...), e não havia muito a perder. Recentemente convertido ao catolicismo e tentando ficar sóbrio ele e o restante da banda consegue nos presentear com um álbum correto, direto e amadurecido. Não há o que ser lapidado em Dead Again. O visual da banda já não era mais apelativo comercialmente como nos anos 90 (Peter estava acabado, esgotado) e as composições apresentam uma complexidade não existente até então (alguém me explica These Three Things e The Profit of Doom), e passam por momentos autobiográficos (Dead Again, Tripping a Blind Man, September Sun), mas contudo há algum humor, mesmo sendo muito mais refinado (as homenagens em Halloween in Heaven, as reflexões em An Ode to Locksmiths).
     Musicalmente o álbum está na medida certa. O peso é na medida e está presente em todas as faixas (não se deixe enganar pelo início de September Sun. Ela inicia inofensiva e termina grandiosa, épica, em nada parece com uma baladinha), tendo um pico em Some Stupid Tomorrow, a faixa que menos gosto. Halloween in Heaven é o momento mais alegrinho e conta com a participação de Tara Vanflower, do Lycia e musa inspiradora da música Stay Out of My Dreams, do The Least Worst Of. O ápice do álbum é She Burned Me Down, com uma guitarra marcante, refrão chiclete, letra bem curta simples e quede repente dá uma reviravolta e se torna uma marcha cantada em russo um idioma estranho. Após vários "everytime I see her start a fire" a música termina só com o baixo, simples. O mesmo baixo que inicia Hail and Farewell to Britain, que com toda certeza deveria ter sido a última música com Peter. Chega a ser macabro que a última faixa do último disco seja uma despedida e ao fim da faixa você ouça uma guerra com um guerreiro atingido, morrendo e ao mesmo tempo é lindo notar que ao repetir o CD dá para perceber como o finzinho dela se encaixa bem com o começo da primeira faixa.
     Apesar da complexidade, é um álbum extremamente fácil de ouvir inteiro e de gostar logo de cara. Apesar de Life Is Killing Me ter de tudo um pouco da banda, acho-o um pouco confuso e bagunçado e isso foi corrigido em Dead Again, para mim o álbum mais acertado do Type O Negative.

Todas as faixas compostar por Peter Steele.
N.ºTítuloDuração
1."Dead Again"  4:15
2."Tripping a Blind Man"  7:04
3."The Profit of Doom"  10:47
4."September Sun"  9:46
5."Halloween in Heaven"  4:50
6."These Three Things"  14:21
7."She Burned Me Down"  7:54
8."Some Stupid Tomorrow"  4:20
9."An Ode to Locksmiths"  5:15
10."Hail and Farewell to Britain"  8:55
Duração total:
77:27
Fonte: Wikipedia


Sexy Mama - The Balm

Minha pele é oleosa. Durante a adolescência passei por maus momentos com espinhas, cravos e todo aquele sebo excessivo causado por hormônios a mil. Verdade seja dita,  a oleosidade não era nada de absurdo, nada de acne, nada de espinhas muito inflamadas. Vejo casos de pessoas que tem a auto estima muito abalada e vivem um verdadeiro inferno por tero rosto cheio de marcas e isso felizmente nunca foi meu caso. 

O que mais me incomodava mesmo era o brilho que ficava na pele e até hoje isso acontece, mas em escala menor, já que minha pele oleosa está sob controle. Então um produto que não falta na minha bolsa é um pó matificante. Durante anos usei o da linha Capricho, da Boticário e me contentava bastante com ele. Só que por ele ser solto, era pouco prático para aplicar e o pincelzinho que vem nele é inviável, coisa que remediava com um kabuki que vinha na base em pó mineral da mesma marca e que guardo até hoje em um tubinho de guardar filme de máquina que velha eu sou! e é item morador da minha necessaire.

De uns tempos pra cá eu tenho usado o Sexy Mama, da The Balm, marca que tem as embalagens mais fofas do mundo:


(o lencinho ajuda a tirar a oleosidade da pele, juntos são uma dupla dinâmica o contra o brilho)



A embalagem é de papelão e conta com um espelhinho que quebra um galho. Não vem com esponja nem pincel e é compacto, ou seja, nada de sujeira. O produto não acrescenta cor, sendo uma opção universal. Quanto à duração, achei muito boa, mas não posso dizer como se comporta com uma pele extremamente oleosa.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Laguna - Salvador Dali

     Eu não diria que sou uma pessoa de perfumes. Sou uma pessoa de cheiros. A diferença disso está no fato de eu não entender sobre notas de saída, corpo, fundo, muito menos detectar os diversos cheiros que compõem uma fragrância. Admiro os que dizem que sentem cheiro de abacaxi, coco, âmbar, almíscar, jasmim, etc. Eu sinto "cheiro de um amanhã chuvosa", "cheiro da festa dos meus 17 anos" e coisas do tipo, pois o que me marca são os momentos que vivi e associo-os a algum perfume.


                                                     (meu segundo vidro, agora de 50ml)

     Utilizei esta introdução para me justificar sobre minha opinião sobre o eau de toilette Laguna. Lembro de quando tinha 16 anos e estava no ensino médio, na melhor escola do mundo, o colégio Dr. Albert Sabin em uma aula de Artes, com a professora Mônica. Ela era uma mulher de uns 35 anos, muito alto-astral e tinha uma vibe hippie/ mística. Muito mais do que ensinar técnicas de desenho e pintura (suas aulas eram práticas, não havia teoria. História da Arte vimos conjuntamente em Literatura) ela nos dava dicas preciosas: como lavar o cabelo, como meditar, a importância de não jogar lixo no chão... lembro que ela fez uma leitura de nossa grafia, outra vez ela pediu para que desenhássemos uma árvore e a partir dessas coisas ela nos falou sobre nossa personalidade. Não sei sobre os outros, mas sobre mim ela acertou em 90%, seu único erro foi sobre minha carreira profissional, mas isso é assunto para outro post.



     Voltando ao Laguna, lembro que ela levou uma embalagem vazia deste perfume em uma aula. Não me lembro qual era tema, nem diria que era sobre o Surrealismo, pois como disse não havia teoria, mas lembro-me nitidamente a fascinação que o vidro me causou. Aquele nariz com aquela boca, desenhados com perfeição e ao mesmo excentricidade me chamou muito a atenção. Não pude sentir o cheiro, mas pela embalagem deduzi que era um perfume de uma mulher camaleoa, aquela que foge do óbvio, mas ao mesmo tempo se adapta às diferentes situações da vida. Uma mulher versátil, que passa independência e determinação, mas não deixa de ser misteriosa. Mulher de personalidade forte, que ri e dá gargalhadas, pois tem suas excentricidades e um excelente senso de humor mas não se engane com ela: ela por dentro está tramando alguma coisa para obter o que deseja e é o jeito alegre e despreocupado dela que a fazem ser uma conspiradora acima de qualquer suspeita. Ninguém a fará parar. E isso foi tudo o que vislumbrei a partir do vidro. 



     Foi só 06 anos depois que de fato comprei o perfume, pois achava que por ser importado era caríssimo e eu tinha meus perfumes nacionais para esgotar. Entrei em uma loja, experimentei e nem esperei para ver como ele se comportava em minha pele, comprei o de 30ml na mesma hora. Era mês de junho, Copa das Confederações no Brasil, fazia um dia nublado, não muito frio. Lembro que nessa época eu jogava muito Second Life e quando me lembro dos jogos (o de futebol e o online) rapidamente me vem o cheiro de banho tomado e o Laguna... ele tem um cheirinho de limpeza (o cheiro que mais gosto em qualquer perfume!), mas não é uma coisa totalmente verde, ele tem algo cremoso, aconchegante. Dizem que ele é perfume de verão, mas achei que se comportou muito bem no inverno chinfrim do Rio de Janeiro, Só consigo pensar em coisa boa quando sinto o cheiro dele, adoro inverno, adoro dia nublado, adoro a história que tenho com esse perfume e o tipo de personalidade que ele inspira em mim.