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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Cabotine - Grés


    

     Meu tão esperado kit do Cabotine de Grés chegou ontem e já o estreei porque sou ansiosa a vida é muito curta. Vem o perfume EDT de 50ml, a miniatura, um shower gel e um hidratante inútil


     Eu havia experimentado o Cabotine em uma loja no mesmo dia em que experimentei o Organza, o Alien e o Cool Water. Com quatro cheiros na minha mente (e estando in love com os dois primeiros da lista) não dei muita bola pro Cabotine logo de início: me veio um cheiro de ameixa estragada, coentro, gengibre e pimenta (nem tem essa nota, mas ardia igual) e ficou por isso mesmo.

     Chegando em casa, fui cafungar os perfumes que provei (sim, foi tudo na pele) e quando meu nariz sentiu o Cabotine, que alegria foi sentir um floralzão bem gostoso com uma ameixa suculenta! Nem parecia a coisa que surgiu como notas de saída. 

     Procurando no Enjoei, encontrei esse kit por um preço muito amigo. O shower gel é muito gostoso, o hidratante é fedido e mesmo se fosse bom eu não ia gostar porque eu só gosto de óleo. A miniatura é a coisa mais fofa, vai ficar na bandeja da minha penteadeira/escrivaninha. O perfume em si vai embora rapidinho por dois motivos: 1. adorei ele 2. já não está fixando tão bem, porque acho que já tá meio véio. O cheiro é do Cabotine, mas a fixação não é mais e por isso vou usá-lo logo antes que desande de vez e quando acabar já providenciarei outro.

     Muita gente fala mal desse bonito porque, de acordo com eles, tem cheiro de velha. Eu devo ser a Dercy Gonçalves, então, porque as ditas bombas "cheiro de velha" me agradam demais. O Cabotine tem um atalcado muito fresco. Ele é um chipre floral, mas eu o chamaria de chipre floral verde, porque nas notas de coração me vem algo herbal (não tem essa nota, seria a cássia que daria esse efeito?), extremamente fresco. É como se eu estivesse numa banheira com muitas flores diferentes, algumas folhas e sabonete de ameixa. Ele tem muitas notas e com exceção das notas de saída (a ameixa em mim fica pra sempre) e essa coisa "verde" que não sei o que é,não consigo distinguir mais nada. Tá tudo junto e misturado e o resultado é tão gostoso... ele tem um rastro incrível e acho-o apropriado para ser usado de dia na primavera ou verão (sou dessas!). O melhor dele é o cheiro que fica na roupa.

     Não o considero perfume para encontros ou para seduzir, muito menos para situações do tipo entrevista de emprego. Ele é o perfume que você usa para se sentir confiante, para causar e dizer "esta sou eu: me ame ou me deixe". A mulher do Cabotine já experimentou de tudo nessa vida (uy!) e, conhecedora de tudo, resolveu imprimir sua marca, doa a quem doer. Ela está sempre alegre e confiante, esperançosa. Como a cor verde.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Dawn of New Athens - Aesma Daeva


     Se tem uma coisa que me mata é banda preguiçosa. Geralmente as preguiçosas são as mais talentosas, talvez porque em meio a tanto ócio e preguiça de produzir elas surjam com conteúdos mais interessantes. Só que esses conteúdos vem uma vez na vida e outra na morte.

     Se eu fosse listar a quantidade de bandas que encontro nessa categoria, uma das primeiras seria o Aesma Daeva, formada em 1998. O álbum da resenha é o último deles, o que considero o mais redondinho deles (mas não meu favorito), Dawn of New Athens. Seguindo a temática dos álbuns anteriores - The New Athens Ethos e The Eros of Frigid Beauty, a banda conseguiu fazer um álbum sem arestas a aparar, ele é bom do jeito que está e se fossem tentar melhorar estragaria ao longo de suas 9 faixas.

     A vocalista aqui é nada menos do que Lori Lewis, que ficou muito conhecida pelo seu merecido sucesso no Therion. Antes, contudo, era do Aesma Daeva que ela fazia parte, após saída de Melissa Feerlaak. Não me cabe fazer comparações entre elas, até porque a banda inicialmente teve outras vocalistas e só posso afirmar que todas elas fizeram um ótimo trabalho durante o tempo que estiveram no grupo.

     DoNA foi lançado em 2007 e de lá pra cá não há nada de novidade, assim como este próprio álbum teve poucas novidades, uma vez que algumas músicas já eram tocadas na época de Melissa nos shows. Trata-se de um álbum comercial, mas não no sentido ruim da palavra. De toda a discografia da banda, este deve ser o mais conhecido e apreciado, com justiça.

     Tisza's Child é a faixa de abertura, introduzindo o ouvinte à atmosfera do disco. Começa de cara com a voz de Lori (me recuso a fazer qualquer elogio pra ela, seria me repetir) e vai crescendo aos poucos, sem impressionar muito. The Bluish Shade já se inicia com um pouco mais de peso, trazendo mais dinâmica - o trabalho com o teclado é bem bonito de se ouvir e a melodia do refrão dela vai se repetir em outras faixas do álbum. A terceira música, Artemis é minha franca favorita desde The New Athens Ethos, na primeira versão com Melissa Ferlaak. Aqui neste álbum, a música foi repaginada, com o teclado se sobressaindo mais e a letra um pouco diferente da versão original. Aqui também me recuso fazer comparações, pois esta é simplesmente a música da minha vida e gosto das duas versões por igual, cada uma tem suas virtudes. Hymn to the Sun é outra que já tinha sido gravada por Melissa e desta vez vou preferir a primeira versão, apesar dos arranjos da nova versão serem melhores. D'Oreste é uma ária de Mozart na qual Lori faz um ótimo trabalho, mas as guitarras aqui levam todo o mérito. The Camp of Souls segue a mesma linha da primeira faixa, eu diria ser a progressão lógica de Tisza's. É bem arrastada e aqui, de alguma forma, acho o vocal um tanto cansativo. Ancient Verses já é um momento mais alegrinho, bem harmonizado.

     O ápice do DoNA está no fim dele: Since The Machine é épica desde o seu começo até o fim com a melodia de The Bluish Shade. A música, claramente uma referência ao 1984 de George Orwell, tem suas viradas e seus altos e baixos e traz toda um peso digno de Origin of the Muse do The New Athens Ethos, outra música épica do Aesma Daeva. Finalizando o álbum, The Loon, a única "balada" do álbum, se arrasta de um jeito muito diferente de The Camp of Souls: sentimental, nostálgica e muito bem construída.

    Há uma faixa solta, que creio não fazer parte de nenhuma versão bônus do álbum, que é cover de Running Up That Hill. Gosto muito da versão original com Kate Bush e o cover do Within Temptation e o mérito do Aesma Daeva foi ter feito algo bem diferente, mais metal (e sem agudos!!!) Adoraria que ela estivesse no DoNA, seria um belo bônus e arredondaria pra 10 faixas.

     Como disse, não é meu preferido da banda (Here Lies The One Whose Name Was Written in Water ganha de lavada nesse, pronto falei) mas se eu tivesse que apresentar alguém ao Aesma Daeva, com certeza seria por meio deste álbum. Uma pena eles não produzirem mais nada, pois são muito mais talentosos do que certas bandas mais famosas que eu não vou falar o nome porque vão me chamar de implicante huahua.

OBS: volta, Lori!
OBS2: tem algo estranho na formatação do texto e não consegui consertar, ignorem.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Amor Amor L'eau - Cacharel


     No clima do calor abafado que está fazendo hoje no Rio, resolvi estrear o meu Amor Amor L'eau, flanker do vermelhinho famoso da Cacharel que eu não gosto. Essa versão de 2014 foi limitada e tive muita sorte de achá-la dando sopa na Renner sendo a última unidade disponível por um preço abaixo do que custa. 

     O termo L'eau significa que é uma versão mais leve do que a tradicional e ideal para ser usada em dias quentes. Não consigo dizer se esse flanker me lembra o Amor Amor porque, como dito acima, eu não gosto e não me lembro bem das notas que senti, só sei que era um troço doce meio gourmand, eca! Esse azulzinho (que frasco lindo!) tem como notas de saída Coca-Cola (?!) e toranja (que pra mim me cheira à laranja mesmo), coração composto de jasmim (tinha que ter! Amor eterno por essa flor maravilhosa) e rosa e no fundo tem baunilha, âmbar e almíscar. Comparando com a pirâmide olfativa do original, esse é muito mais simples, talvez pelo fato de ser uma versão mais leve, e consigo compreender todas as notas nele, coisa raríssima pra mim.

     Voltando à Coca-Cola (?!) o negócio é o seguinte: você abre uma lata bem gelada, coloca a bebida num copo com rodelas de laranja e inale. Vai subir um gás adocicadinho e cítrico, né? É isso aí que vai ficar como nota de saída. Durante a evolução o floral aparece discreto (o jasmim se sobressai bem mais do que a rosa) e no fundo é como se você colocasse essência de baunilha na Coca-Cola e misturasse com as flores. Basicamente é isso. O meu perfume é um Deo Parfum, o que significa que ele não tem grande fixação a priori, mas achei-o comparável a um eau de toilette. A projeção é discreta, mas tem sua marca (não some de repente como o Heat Wild Orchid. A propósito, de alguma forma acho que eles seguem uma mesma proposta, sendo o da Cacharel muito mais versátil do que o da Beyoncé). 

     Infelizmente não é um perfume muito fácil de se achar, mas se você achar, será um achado (trocadilho feioso) para os dias mais quentes que pedem algo levemente adocicado com uma pegada cítrica. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CK One - Calvin Klein

                                                    (Minha garota propaganda oficial.)

     Esse é um típico perfume que sempre senti nos outros, mas nunca soube qual era. Senti muito esse cheirinho na minha adolescência em pessoas e situações diversas no verão e sempre achei tão gostoso... eis que um dia em umas compras que fiz recebi a amostra dele e logo reconheci! O que falar do CK One, que eu bem conheço e considero pacas?

     Dia-infernal-de-quente-no-verão define quando eu mais procuro esse perfume. Seu frasco simples e clean é muito claro à proposta do CK One: fragrância versátil, compartilhável, na qual o menos é mais. Ele é tão completo em sua simplicidade que acaba sendo o perfume que você aplica quando não quer pensar sobre qual perfume usar, vai nele porque sabe que vai se sentir bem, limpo e é isso que te basta.

     Acho que a pirâmide olfativa dele tem mais nota do que posso reconhecer, mas até aí é normal, meu nariz não é lá grandes coisas. Em mim percebo a saída cítrica com limão, bergamota e folhas (sei lá como especificar essas "folhas") e conforme evolui percebo um floral fresco. Tem jasmim com certeza, porque pra eu amar um perfume tem que ter jasmim, mas sinto também o lírio. O fundo é o que mais me agrada nele: sândalo e cedro dão aquele toque que misturado ao cítrico do início me faz desejá-lo como a melhor opção para um dia de sol rachando: ele é muito refrescante! Segue a linha do Limão Siciliano da Phebo mas não são parecidos na fragrância, só na proposta. Ambos agradam homens e mulheres e são os basicões gostosões.

     Quanto à projeção e fixação, já vi muitas resenhas reclamando sobre elas no CK One, porém em mim achei muito boas pra um eau de toillette cítrico, cujas notas evaporam mais facilmente mesmo. Fui a uma festa numa tarde extremamente quente de outubro, borrifei bastante (economizar pra quê? Eu sou rhyca! só que não) e ele ficou lá...umas 5 - 6h exalando. Aprovei.

     Ele tem o irmão gêmeo pobre chamado Number One, da Paris Elysees, cuja descrição que vi num site é "para homens e mulheres que gostam de dividir experiências". Achei meio zuado isso, não cheirei o dupe, mas acho válido testar quando este custa 1/4 do original.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Heat Wild Orchid - Beyoncé

  (Não é nada de "selvagem")

     Queria começar o post dizendo que este era meu primeiro perfume de celebridade, mas nem é, tem o Gabriela Sabatini, que na época do lançamento era uma celebridade, né? Ok, é difícil ver tenistas celebridades (Maria Sharapova, oi?) e acho o GS tão cara de perfumão que dificilmente lido com o fato de ele ser perfume de celeb.

     Voltando ao foco, comprei na Avão o perfume da Beyoncé, um flanker do Heat tradicional (desconheço), esse é o Wild Orchid. Esfreguei o pulso na revista e subiu um cheiro doce que fiquei na dúvida se era doce confortante ou doce demais pro meu gosto. Fiquei intrigada, não achei que os R$ 149,90 valeriam essa intriga toda e resisti à tentação de comprar. Só que Satanás consumismo bate à porta e eis que na campanha seguinte minha mãe, que é revendedora, me diz que a gerente dela estava com esse perfume encalhado e estava vendendo por R$ 70,00 o frasco de 100ml. Esfreguei o pulso de novo na revista, intriguei, comprei.

     Eu até hoje não sei qual a concentração desse perfume ao certo. Vem na caixa "Deo Parfum" que, creio eu, seja um Eau de Parfum, só que sei lá. Se for pela fixação dele em mim, desejo de coração que seja uma água de colônia mesmo porque infelizmente o bonito não gruda no meu couro de crocodilo. Para compensar, penetra na roupa e fica dias (meu robe de dormir que o diga...) A projeção é ok no início mas se apaga em pouco tempo, considero este um perfume bem intimista, o que não é algo ruim quando se tem um Organza e Amarige pra deixar rastros em ocasiões mais especiais.

    Quanto ao cheiro dele, o que posso dizer? Sabe o nome "Wild Orchid", vulgo "orquídea selvagem"? É uma cilada, Bino, ele não é selvagem e a orquídea é tímida. O melhor nome pra ele seria um "Sweet Coconut" (coco adocicado) porque é isso que ele é: tem um cheiro muito gostoso de beijinho de coco. Abre com coco e notas de frutas vermelhas que eu tolero (romã e boysenberry - é de comer isso aí?), o coração é coco com a orquídea tímida e como fundo pra mim ficou só o coco mesmo. Essa é a pirâmide olfativa dele baseada no meu nariz, que é traiçoeiro advirto.

     A fragrância me soa como um gourmand que deu errado e agradeço por isso, porque eu tenho um certo ódio aos gourmands (adoro pirulito, bala, chocolate e pudim pra comer, nunca para exalar). Daí que o perfume ficou um floral frutal adocicado e é o máximo de cheiro doce que consigo lidar. Achei o perfume bem confortável, gosto de usá-lo para ficar em casa ou dormir quando o clima está mais fresco. Não acho que valha o que a revista cobra, mas pelo que paguei compensou bem. O frasco é um capricho: dos vidros dos Heat, este é o mais bonito, até eu que não curto rosa achei fofo. Ele não vem cheio até o topo, vi algumas pessoas achando que era erro de volumetria, mas não, é assim mesmo. A base dele é larga, logo se o perfume chegar até o topo passaria dos 100ml.

    Agora o tira-teima: este perfume parece com a Bayoncé? NÃO, definitivamente. Tem mais cara de Katy-Perry-a-louca-das-travessuras-e-gostosuras do que de Queen B. É assim mesmo, perfume de celebridade nem sempre é coerente com a celebridade em questão e a vida segue.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

212 NYC - Carolina Herrera


     Atire a primeira pedra quem nunca ouviu falar do 212. Este é o original de uma série de flankers bem sucedidos e é um coringão pra qualquer clima, qualquer ocasião.

     O bonitinho é um floral frutado que pra mim cheira a floral almiscarado. Um delicioso e delicado floral branco com toque de almíscar que tem cheiro de asseio, discrição e simplicidade. Não é perfume pra arrebatar corações, nem pra chamar atenção: é para cheirar bem e passar a impressão de limpeza, no estilo "a simplicidade é o mais novo elegante". Acredito que seja um excelente perfume para uma entrevista de emprego, conhecer a sogra (huahua) ou qualquer outra ocasião que não dê para errar.

     Quanto à projeção, em mim foi boa. Ele prolonga a sensação de banho tomado, depois de umas 4 horas fica rente à pele. A fixação dele é boa, pra um eau de toilette.Na roupa ele gruda, no fim do dia dá para senti-lo na blusa.

     Da família 212 regular, esse é meu favorito. O 212 e o 212 Sexy (esse tem nota de algodão doce, logo, não sei se um dia vou experimentá-lo) tem essa má fama de ser "perfume que todo mundo usa". Acho extremamente irritante dizerem que "mimimi o cheiro é batido, todo mundo tem". Se todo mundo cheirasse a 212 (o que é impossível, pois cada pele responde às fragrâncias de formas diferentes) o mundo seria um lugar bem mais agradável de se respirar. Eu não deixo de usar perfume porque fulano e beltrano tem ele. Completam a família o 212 VIP (cachaça de maracujá que eu amo, tenho o contratipo dele, Miss Vodka da Paris Elysees) e o 212 VIP Rosé (o flanker do flanker, que coisa zuada hahaha). Tem uns outros flankers de verão que não faço ideia de quem sejam... enfim, Carolina Herrera sabe fazer dinheiro, digo, perfume.

OBS: que "todo mundo" é esse que tem o 212? Esse perfume é caro, eu paguei R$ 114,00 no de 30ml chorando. Que universo é esse que todo mundo tem dinheiro pra pagar um 212, Jeová? Diga-me que quero ir pra esse lugar!!!

OBS 2: já ouvi dizer que o Royal Marina Turquoise, de Princesse Marina De Bourbon é idêntico ao 212, procede?

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Um Cheiro que Odeio

Eca!

     Descobri que odeio o cheiro de framboesa. Isso, aquela frutinha vermelha (não gosto muito de frutas vermelhas em geral) que me dá mau humor quando cheiro. Tenho um lip balm da QDB? que fede, me dá uma sensação horrível nos lábios, pensei que estivesse vencido, mas era só o cheiro de framboesa. Um perfume que odeio com todas as forças é o Diva Púrpura da Jequiti, o que tem nele? Framboesa no coração! Miss Gabriela (um flanker para garotinhas do Gabriela Sabatini) e Guess Girl também me irritam, ambos tem framboesa na saída. O Cool Water feminino, que tem um cheirinho de melão que me agradou muito tinha algo esquisitinho lá no fundo... framboesa! Pra não dizer que não sou uma pessoa que me permito a possibilidades, tem um perfume com framboesa na saída que eu gosto, mas porque ele tem tantas notas que a bendita não se manifesta, felizmente: Laguna.

     Geléia de framboesa eu como mas nem curto. Acho que framboesa é uma "fruta" feita em laboratório, sei que ela existe de verdadinha, mas me cheira e tem paladar tão sintético que sei lá, aquilo deve ter muita química pra me cheirar tão irritante e desagradável. Não vou dizer que meu ódio se estenda a todas as berries do mundo, mas se um dia eu vier a reclamar de algumas outras frutinhas-bonitinhas-inofensivas-que-fedem, a culpa é toda da framboesa :p

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Novidade: CK 2

 Acho que já vi este frasco antes em algum lugar...

     Novidade para 2016, 20 anos depois do delicioso CK One. Esta é outra proposta de perfume sem gênero e aqui estou eu para desejar... a notícia original está aqui

     Um desgosto: a semelhança sem vergonha com o frasco do 212 da Carolina Herrera.

   Uma felicidade: a pirâmide olfativa, composta por saída: wasabi, tangerina, folha de violeta, coração: calçada molhada, cimento, rosa, raiz de orris, fundo: vetiver, sândalo, incenso. Como assim calçada molhada e cimento eu adoro esses cheiros! Necessito.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Kill the Sun - Xandria

Fonte: Amazon

     Eu tinha 15 anos quando ouvi Mermaids, a música que me apresentou o Xandria. Um amigo meu do MSN (RIP!) me enviou junto com Razorbliss do Flowing Tears (banda que merece resenha também) e foi amor à primeira ouvida. Baixei o álbum Kill the Sun e com o passar dos anos fui acompanhando de longe a carreira da banda. 

     Reservo este parágrafo para pagar pau pra primeira e única vocalista do Xandria, Lisa Schaphaus Middelhauve, ora ruiva, ora morena, ora loira, é a única cantora digna do Xandria e quando ela saiu foi um relho. Era um entra e sai de vocalista, depois a banda parece que se acertou com uma Tarja-Turunen-wanna-be e aí foi a nightwishlização do Xandria. Estranhamente essa catástrofe teve grande aceitação dos fãs, sucesso comercial e bem... não sei e nem quero saber porque o Xandria pra mim encerrou no Salome - excelente álbum, último com Lisa - e sim, eu odeio o Nightwish com bastante força, sobretudo a era Tarja, aquela que canta com um ovo na boca. Lisa que não tem ovo na boca, inclusive, é extremamente simpática nas redes sociais, adoro as postagens sem noção dela, ela é tão gente como a gente... O motivo que a fez deixar abanda foi uma forte carga de estresse após o álbum India, daí a banda fez o Salome meio que se despedindo dela. Lisa está numa carreira solo pífia, mas está saudável e feliz e, no fim das contas, é o que realmente importa, né? Certas vocalistas "divas" deveriam aprender a filosofia do deboísmo...

     Voltando ao tema do post, que não é falar mal da Tarja Preta nem do Nightchato juro!, o Kill the Sun é o álbum de estreia da banda alemã, em 2003. Pra quem como eu já ouviu um sextilhão de bandas de vocais femininos, pode até soar mais do mesmo, mas o Xandria nesse álbum tem algumas peculiaridades sonoras.

     Iniciando com a faixa-título que tem um arranjo meio grunge no refrão, passando por Mermaids, o álbum abre bastante ok, nada de surpreendente. A terceira faixa, Ginger, é, no entanto, uma das melhores canções da banda. Guitarra densa, uma letra bem construída, um bom refrão e aí está o simples, porém bom. Seguimos para She's Nirvana, que é uma das minhas favoritas. Estranhamente esta faixa e a sétima, So You Disappear tem duas versões diferentes e eu não ao certo por que e nem qual é a versão original. She's Nirvana que é levada no violino e contrabaixo é bem mais bonita (e um tanto exótica), enquanto a So You Disappear que é cantada por um cara aleatório me desagrada um pouco, prefira a versão com a Lisa.

     A quinta faixa, Forever Yours, é bem sensual. Vi uma postagem de Lisa no Facebook dizendo que ela a compôs pra uma namorada dela da época (a parte do "fingertips open spaces that make me complete" é bem sugestiva huahua). Não é uma baladinha, é uma canção "hoje tem!". A próxima é Casablanca, outra que tem uma pegada que lembra grunge, animadinha pra quebrar o fogo da faixa anterior e também está no meu top do álbum. O ponto alto do álbum com certeza é Wisdom, na qual Lisa deixa de lado o vocal cantado/sou uma mocinha de voz bonita e sussurra acompanhando o ótimo arranjo da guitarra. Tem uns efeitos também nessa faixa, dá vontade de headbanguear com ela. Finalizando, a coisa mais exótica - e até um tanto fora de lugar - do álbum: Calix Virago. Então, essa música lembra... flamenco (?!) Tem uma spanish guitar nela, uma coisa bem Julio Iglesias feelings que só dá pra explicar quando se ouve ela. A canção é ótima, não me entendam mal! Só é meio "oi? cadê o symphonic metal que tem uma bipolaridade com refrões grunges que estava aqui?", e a amo justamente por este inesperado.

     O álbum é bem compacto, 10 faixas de curta duração e é do tipo "se melhorar, estraga". Digo isso porque acho o Ravenheart e India (os álbuns que vieram depois) um tantinho over, por conta de teclado demais, coralzinho sem graça que só aparecem pra dizer que tem em algumas músicas. São álbuns bons, mas não são meus favoritos. A banda voltaria a fazer um trabalho ótimo em Salome,que lembra muito o Kill the Sun em algumas faixas: Beware, Emotional Man e On My Way. 
     

domingo, 25 de outubro de 2015

To Be Woman - Police


                                
                                                                                     ("Ser ou não ser um frasco fofo?")


     Visto numa liquidação por 50% de desconto eu não poderia deixar passar esse frasquinho rock ultra mega fofo. Eu havia experimentado esse perfume antes na fitinha olfativa e na pele ele é ainda mais interessante. Abre com um cheirinho cítrico, algo como Halls de maçã verde e quando vai evoluindo fica um pouco mais eencorpado, confortável e me remete à torta de maçã. Achei-o bem linear e me lembrou ao longe o Be Delicious da DKNY, só que considero o Be Delicious melhor que este.

     To Be Woman tem uma projeção muito tímida; pra eu senti-lo tive que #mejogar e sofri com a falta de sillage. É um perfume extremamente intimista e achei a fixação fraca, justamente pela projeção que em mim não foi das melhores, o que é inesperado pra um Eau de Parfum e é uma pena, pois o cheiro é muito, muito agradável, me lembra vento de verão, bikini, óculos de sol., situação casual. Inclusive usei-o ontem no trabalho e depois do trampo fui fazer as pazes com a natação, estava com saudades da piscina...

     Pelo valor que paguei acho que valeu a pena, sobretudo pela fragrância e frasco, mas considerando os pontos negativos, acho que o preço real dele não condiz com o resultado final. 

OBS: na compra veio de quebra um fone de ouvido da marca que esqueci de fotografar. Mesmo se tivesse odiado tudo no perfume, eu teria tido um prêmio de consolação :p


sábado, 24 de outubro de 2015

Barato & Honesto

                                                    (O suvaquinho da Mulher Maravilha muito bem protegido!)

     O que falar desses desodorantes que já usei muito e gastei pouco e já considero pacas? Protege de tudo, tem cheirinhos deliciosos e duradouros e  ainda hidrata o suvaco as axilas. E baratos... honestíssimos. Mulher Maravilha aprova!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Esse é Irmão Desse

     Eu só tive um perfume da Quem Disse Berenice? e gostava muito do cheirinho dele, era o Meu Jardim Secreto É Mais Verde e como na época eu usava um mesmo perfume até esgotar, esse me enjoou na metade do frasco, não por ser doce ou enjoativo, ele não é!, mas porque eu só usava ele e eu sou enjoada mesmo. Passei adiante para minha mãe que secou o resto do frasco, frasco esse que enfeita minha escrivaninha/penteadeira, porque é muito bonito e gosto de abrir a tampa e cheirá-lo:
Fonte: site da QDB?

     Eu tenho o objetivo de não recomprar perfumes. Se os que tenho acabarem, acabaram (com duas exceções que outro dia explicarei) e nada poderei fazer. E esse daí é difícil de ficar sem repor, porque é muito gostoso: é bem pra dia-a-dia e pro verão/primavera, um floral verde (de acordo com o Fragrantica) que remete a campo, folhas e flores delicadas. Repito: ele não é doce, mas nem por isso deixa de ser delicado e feminino. Pra mim, nele se destacam melão, pêra, cedro e alguma coisa de sândalo. A fragrância é muito agradável, excelente pra quem não gosta de floralzões ou adocicados. O defeito em mim (que não tem muita facilidade em fixar perfumes, ok?): não fixava bem e a projeção era bem chulé. E por me lembrar disso me mantenho na resolução de não recomprá-lo.

     Só que o destino prega peças e numa compra que fiz de miniaturas, recebi essa lindeza aqui:
(Fonte: site da Amazon)

     O Pretty, de Elizabeth Arden é o gêmeo do QDB?! No quesito frasco que diz o que o perfume é, acho o da QDB muitíssimo mais fiel, porque esse rosado e o nome "Pretty" me faz pensar em algo açucarado, de garotinha (tipo Fantasy, Pink Sugar) e sim, pode ser de garotinha, mas a garota de Pretty gosta de liberdade, vento na cara enquanto pedala de bicicleta, passar férias na casa de campo.

     Se o cheiro é idêntico, o mesmo não digo da fixação e projeção e aqui o gêmeo gringo arrasa: fixa muito bem mesmo no calorão de hoje (Rio de Janeiro em outubro é o inferno chegando huehue) e a projeção é muito boa, claro que se observarmos que este é um perfume pra temperaturas mais altas e pro dia-a-dia e não para abalar corações, ok? Ele é ideal para trabalhar e ocasiões casuais.

     Procurei pelo Pretty na internet, o que achei foi um preço de$animador e em desapego achei só o Pretty Hot, que é um flanker de embalagem mais bonita, mas que desconheço o cheiro e se bobear vou comprar porque tá barato e compro às cegas mesmo!

     Eu disse que não vou recomprar o QDB?, mas nada me impede de : 1) ganhá-lo (e aí não me incomodaria de reaplica-lo o quanto fosse necessário!) ou 2) comprar o gêmeo-lindo-rhyco-que-é-mais-poderoso. Não é trapaça, é estratégia :)


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Lorac Pro 2 - Lorac

   

      Na febre de paletas em tons neutros a campeã de vendas era a Naked da Urban Decay com suas 3 versões. Tenho a original e a terceira, gosto muito da pigmentação e variedade da primeira e dos tons rosados da terceira (apesar de ter me arrependido em parte por ter comprado a 3, falo disso em outro post), mas não gosto muito do fato de haver raras cores matte e ter muito brilho. Sinceramente, para um produto chamado "nua" acho que tem muito shimmer.


     Daí que vendo resenhas no Youtube da "perfect palette tag" me deparei com vários elogios à marca Lorac, principalmente às paletas Lorac Pro e Lorac Pro 2. Pra começar, cada paleta vem com 16 tons de sombras, as quais metade é matte. Preciso falar mais? Deixarei que as imagens da Lorac ro 2 digam por si só...


     A embalagem é menos pomposa que as Nakeds, se assemelha um pouco mais com a Naked original, mas não é de camurça e sim de um material meio emborrachado que suja fácil (assim como a camurça da Naked pega pelo fácil...) mas é bem mais compacta (só ver a finura dela comparada como pincel) e mais leve. Sim, vem menos quantidade de sombra do que a Naked, mas não é demérito, quando se apresenta 4 cores a mais.

     A Lorac Pro 2 vem junto com um primer para olhos que esqueci de fotografar junto, sorry, e é vendida como uma paleta para tons frios (a Lorac Pro original é para os tons quentes, comprei ela também, está nos Correios faz umas semanas já huehue) mas sinceramente não ligo muito pra isso de quente/frio, se as cores me agradam eu uso. Adorei os 50 tons de cinza, achei que ficam muito harmônicos com as cores Navy. Plum e Jade (que são as cores mais alegrinhas da paleta) e os rosadinhos/marrons superaram a Naked 3 (ainda não consegui lidar com essa compra, confesso).

     A má notícia é que a linda não vende no Brasil, ou melhor, vi em uma loja virtual, estava por R$ 279,00 e simplesmente não estava di$po$ta a pagar esse valor, então achei as duas versões no Enjoei - as vendedoras juraram por Deus que são novas, quem sou eu pra duvidar por R$ 100,00 né? - originais :)

     Concluindo sou o team Lorac (Carol de trás pra frente, ok?) e estou tentando lidar com o fato de ter gasto muito mais na Naked 3 sem ter amado nem 50% do que amo a Lorac Pro 2, mas é a vida que segue. Lorac Pro, sua linda!



Lady Million Eau My Gold! - Paco Rabanne

   (É o mais próximo de um diamante que tenho no momento...)

     Não conheço o Lady Million original então não poderei comparar a belezura da foto com a primeira versão, sorry! No entanto, pelo que vi de resenha, esse flanker não se parece com o original, então não espere similaridades entre eles. Esta foi uma compra às cegas, aproveitei uma promoção da The Beauty Box (já é a segunda vez que faço jabá da loja sem ganhar nada, humpf) e, bem, gostei demais do diamante dourado.

     A coisa que mais me chamou a atenção antes de cheirar o perfume foi o trocadalho do nome dele "Eau my gold!"/"Oh my God!" e isso me passou a ideia de ser uma fragrância jovem e descontraída. Ao borrifá-lo a suspeita estava certa: no papel ele tem um cheirinho delicioso de coquetel de manga, adocicado. Na pele o adocicado é menor, logo de cara a bergamota e o almíscar se pronunciaram em mim. A flor de laranjeira deixa o cheirinho fresco, alegre e jovial e esse com certeza é uma boa opção para o dia ou noite de verão ameno e trabalho. Em mim ele projetou muito bem (quase 5h sentindo o cheiro sem ter que me cafungar) e a fixação foi maravilhosa (12h bem rente à pele!), mas isso foi em um dia ameno, não posso dizer como ele se comporta no calor, apesar de que acho que em um calor extremo ele pode sufocar. A evolução é interessante, depois de algumas horas o sândalo e o cedro aparecem, mas a manga se mantém até o fim, bem harmônica com as outras notas.

     Não usaria ele diariamente porque por mais que eu tenha adorado o cheirinho de caipifruta de manga (estou até salivando!) e ele ter projeção e fixação mara, tenho certeza de que enjoaria fácil, porque de alguma forma ele me lembra perfume gourmand (detesto gourmands...) só que, claro, de uma forma positiva, se for usado intercalado. E ele é bem elegante, não é o tipo de perfume pra bater, né?

     Esse é do tipo que agrada gregos e troianos: atrai formigas e é bem usável para os que não curtem tanto doce, ou seja, é uma boa pedida de compra às cegas e é muito versátil (pra noite é só borrifar mais que deixa rastro).

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Gabriela Sabatini - Gabriela Sabatini

Não se iluda com o preço camarada e a embalagem feiosa. Esse é um perfume de respeito!

     Lembro-me de ouvir falar desse perfume em tom saudosista (eu só conheço gente mais velha que gosta dele) e na minha cabeça construí toda uma figura pra ele: uma senhora de meia-idade fumante, bebendo gin e o perfume se misturando com o cheiro do álcool do gin e isso não é lá uma imagem muito estimulante. Odeio a embalagem. Parece um reparador de pontas barato, essa cor amarela me desanima, a caixa roxa também não é lá grande coisa... só imaginava uma coisa: álcool, muito álcool.



     E não estava totalmente enganada quando pensei no álcool. Na primeira borrifada os aldeídos gritam e esse não é um perfume pra se usar em demasiado. Duas borrifadas dão conta e como ele evolui! As notas de coração que em mim se destacaram foram as de um buquê de jasmim, lírio, flor de laranjeira (apenas a flor, nada  a ver com a fruta!) alguma coisa como rosa e no fundo uma baunilha agradável, muito levemente doce. Passei o dia com o colarinho da camisa pólo com um cheirinho confortante, fino. Sim, fino, do tipo advogada prestes a ganhar uma causa ou uma mulher que vai a um encontro não para agradar, mas para ser agradada. 



     Este é um caso clássico de que perfume é uma coisa muito pessoal e cada pele gera uma reação diferente: em algumas pessoas é só o álcool que impera, o buquê e a baunilha não aparecem e a sensação de tia-cigarro-gin é eterna. Uma pena que não foram escolhidos por Gabriela. Fico feliz por ela ter me escolhido.



OBS: o perfume é inspirado na tenista, mas de forma alguma esta fragrância é esportiva. É muito mais noturna e invernal, mas tem uma certa versatilidade e se usada em dose homeopática é bem usável durante o dia (ar condicionado, ok? Nada de levar Gabriela pro sol escaldante!)


domingo, 11 de outubro de 2015

Griefshire - Elis

Fonte: Amazon

Essa é uma banda que gostei logo na primeira vez que ouvi. Na época eu ouvia o Dark Clouds in a Perfect Sky e o God's Silence, Devil's Temptation que foi o debut da banda. Eles estavam para lançar o terceiro álbum quando a   vocalista, Sabine Dünser, faleceu  e é sobre este terceiro disco que vou fazer a resenha e sinto que ela vai ser bem longa.

Griefshire ("condado da aflição", em uma tradução livre) é uma micro peça literária que virou música. Inteiramente escrito por Sabine, exceto a faixa bônus, esse é um álbum conceitual que trata sobre dois irmãos, a criação mística que tiveram, um triângulo amoroso entre eles e o fanatismo religioso de um deles e como isso mudou para sempre a história da família. O conceito do álbum, no original você encontra aqui, em inglês. Para a resenha vou contar a história do meu jeito.

Esse álbum, apesar de conceitual, não tem apenas um ponto de vista e as canções são a história contada por personagens diferentes, ao contrário do que acontece no Invisible Circles do After Forever. Os personagens são o irmão mais velho, o mais novo, a mãe deles (que é apenas mencionada), a mulher que ambos amam e a filha que essa mulher tem com o irmão mais velho. O mais velho além do fator primogeneidade é belo, um líder nato que tem certeza sobre sua missão de pregar sua seita, enquanto o mais novo, tem algum tipo de deficiência de mobilidade (não explicada qual é), pureza de coração, integridade e tem ses questionamentos interiores sobre a seita do irmão. Ambos foram criados pela mãe numa atmosfera mística e isso foi melhor absorvido pelo mais velho. Esse mais velho, inclusive, se casa com uma mulher dividida entre o amor dele e o do irmão e juntos eles tem uma filha.

O álbum inicia com Tales From Heaven or Hell, que é como a filha do irmão mais novo, já falecido, descobre o passado de sua familia através de um diário. Essa faixa começa apresentando o peso da banda, com suas guitarras características. A novidade aqui é o coro, nunca antes presente nos álbuns do Elis e que agregaram muito. Coro inteiramente masculino, sem aquele apelo operístico.

Die Stadt tem uma pegada Leaves' Eyes na era do Vinland Saga. Sabine era amiga de Liv Kristine e provavelmente trocaram influências. Essa faixa apresenta o condado no qual os irmãos moravam e como o local atualmente está despovoado.

Show Me the Way é a faixa mais chiclete, com um refrão que fixa. Ela narra como os ensinamentos da sábia mãe tornaram os irmãos pessoas fortes. Nunca foi das minhas faixas favoritas, acho ela bem bleh, mas fazia parte de todas as set lists da banda.

Brothers é sobre a relação dos irmãos, já sem a mãe. A introdução na guitarra e o teclado que vai despertando a música dá uma idéia de misticismo. Há a presença sutil do gutural de Tom Saxer, que eu adoro, o cara é um dos meus guturais favoritos de sempre e um riff muito cativante. 

Seit Dem Anbeginn Der Zeit era uma faixa que eu sempre pulava, por achá-la muito arrastada. Também trata dos irmãos, de como o mais novo admira o mais velho e de como eles são amigos. De fato, a faixa soa longa demais, não tem refrão e pode ser um tanto difícil de gostar de cara. Depois que me "acostumei" com ela, passei a gostar. A letra é muito bem feita e para quem aprecia o alemão, dá até pra arriscar a cantá-la.

Remember The Promise traz de volta a dinamicidade do álbum. Ela já é sobre o rompimento dos irmãos, dado o fanatismo religioso do mais velho. O mais novo vai embora da província, deixando o amor que disputava com o mais velho. Um refrão bem construído, as guitarras não decepcionam e o coro retorna. Nessa altura já dá pra notar que o coro representa os seguidores da seita do irmão mais velho, clamando por salvação. A faixa termina dando um link para a próxima faixa:

Phoenix From The Ashes é a seita propriamente dita. O "we will rise from the ashes" cantado no início e o título da faixa já sugere algo que acontecerá no fim da história... não gosto muito do teclado nessa faixa, acho-o um pouco demais. No Elis, as guitarras e o teclado sobram às vezes. Em Griefshire, eu culpo o teclado, unicamente, mas nos outros álbuns anteriores eu achava as guitarras um tanto quanto caricatas, excessivas. Ainda sim é uma ótima faixa, daquelas que agradam logo na primeira "ouvida".

How Long é a primeira balada, bem bonitinha. É sobre como a mulher do irmão mais velho, que é apaixonada pelo mais novo percebe aos poucos o fanatismo do marido e teme por sua vida e a vida da filhinha que eles tiveram.

Innocent Hearts traz guitarras em equilíbrio com o refrão maravilhoso. O irmão mais velho ameaça sua esposa, impedindo-a de ir embora com a filha. O cara já está enlouquecido de vez e Sabine soa áspera no vocal, exceto no refrão, lindo, suave. O coro volta, porque a seita iludida clama para que a esposa fique.

Forgotten Love é o momento chororô triste do álbum. Que música triste! Nem a trato como balada, é uma reflexão de como a esposa se arrepende amargamente de ter deixado o seu verdadeiro amor, o irmão novo, partir. O teclado e o violino só fazem as coisas ficarem mais desoladoras. É o tipo de música que faz você chorar, seja pela letra, seja pela melodia, que é muito bonita.

The Burning faz a choradeira da faixa anterior logo no primeiro segundo. O irmão fanático pira de vez e tem a brilhante idéia de pôr fogo na cidade para "purificar" os fiéis. Como fênix, eles deveriam ressurgir. Gutural, guitarras tunadas, coro e o teclado, que agora faz sentido estar over faz este ser o ápice do álbum. O irmão mais novo voltando para o condado vê as chamas e por conta de sua deficiência só consegue resgatar a filhinha de seu irmão. Ele leva a menina embora, tornando-se seu novo pai. Griefshire se acaba em chamas juntamente com seus moradores. Provavelmente minha faixa favorita do disco.

A New Decade é o epílogo, a esperança de mudanças para melhor. Faz a tríeade das melhores faixas do álbum.

Ainda tem a faixa bônus, cover do Black Sabbath, Heaven And Hell e esse é o cover. A banda fez um trabalho impecável. As guitarras matadoras e o vocal de Sabine fizeram desse um cover excelente. O finzinho da faixa quando se acelera é o melhor. Eles não poderiam ter encerrado o álbum de forma melhor.

No single de Show Me The Way (tanta faixa melhor pra ser o single...) ainda tem as faixas Salvation (o coro maravilhoso), These Days Are Gone (lembra muito Innocent Hearts, tão boa quanto), In Einem Verlassenen Zimmer (é um poema de George Trakl, Sabine cantou outro poema dele em Ballade, do Dark Clouds in a Perfect Sky) e Show Me The Way cantada pela vocalista substituta de Sabine, Sandra Schleret. Não posso dizer de qual versão prefiro, porque como dito antes, não curto essa música. Se fosse Brother teria sido muito melhor.

Eu atribuo uma nota 9,00 a esse disco e muito dessa nota vem de todo o capricho de Sabine, tanto que ela considerava este álbum o "bebê" dela. Letras muito bem construídas, a arte do disco segue bem a atmosfera importa pelas faixas e o vocal e guitarras impecáveis, guitarras essas que eu tinha algumas criticas no CDs anteriores. O coro é uma novidade muito bem vinda, merece destaque. O teclado é o que poderia tr sido diferente em algumas faixas e a chiclete terceira faixa me desanima a dar uma nota máxima. O musical do Elis nesse disco lembra Leaves' Eyes e o UnSun, já o vocal de Sabine acho bem peculiar e falando nisso, acho as músicas do Elis difíceis de serem cantadas por conta das notas das guitarras. Os vocais não são operísticos, mas não é qualquer uma que faria um bom trabalho na banda e por isso comemorei quando Sandra Schleret assumiu o lugar de Sabine e com ela veio o último álbum da banda, o Catharsis. 


Track listing

  1. "Tales From Heaven or Hell" - 4:17
  2. "Die Stadt" - 4:19
  3. "Show Me the Way" - 4:06
  4. "Brothers" - 4:23
  5. "Seit dem Anbeginn der Zeit" - 5:40
  6. "Remember the Promise" - 3:24
  7. "Phoenix From the Ashes" - 4:19
  8. "How Long" [another version on Digipack] - 4:03
  9. "Innocent Hearts" - 5:11
  10. "Forgotten Love" - 4:23
  11. "The Burning" - 4:43
  12. "A New Decade" - 3:46
  13. "Heaven and Hell" (Black Sabbath cover) [Bonus on Digipack] - 4:53

Fonte: Wikipedia

sábado, 10 de outubro de 2015

Limão Siciliano - Phebo



     Pense numa colônia com cheirinho de limpeza, pureza, frescor e um dia de verão com ventinho gostoso. Agora pense numa colônia que não tem resenha negativa, o típico produto que agrada a todos, um coringa para o clima quente. Aí está, na foto acima.

     Essa colônia da marca Phebo é ideal para aqueles dias despreocupados de calor, tem cheiro de carioca que voltou da praia e tomou banho ou de casa recém faxinada ou de clima de início de ano, quando fazemos votos de mudanças, de desejos de nos purificarmos e sermos pessoas melhores, é coisa boa, coisa leve. O tal limão que emana da colônia me lembra mais uma limonada ou um chá gelado de capim limão do que a fruta limão propriamente dita. É um cítrico gostosinho que refresca e não agride. Dá pra sentir o alecrim, cedro e alguma coisa levemente ardidinha (agora imagina essa leve ardência refrescante num verão infernal, que delícia!) que ao ler as notas percebi se tratar de pimenta negra. 

     Não realizo esta colônia em tempo frio. Esse é um cheiro de dia de sol, dia alegre, aquele dia que o que importa não é a fixação, você quer apenas se sentir bem, limpo. Essa é a fragrância certa, até porque estamos falando de uma colônia água de banho e o fator fixação não é relevante. Gosto de usá-lo após o banho à noite quando está calor, dá uma sensação muito gostosa nos lençóis e recomendo um outro uso pra ele: como difusor de ambiente, dá aspecto de casa limpa, com boas energias. 

     Uma outra recomendação minha é que visitem a loja da Phebo/Granado. A loja é super vintage, aconchegante, rhyca e tem a vantagem de ter mostruários pra que se possa provar as outras fragrâncias. Gosto tanto da Granado (loja que comprou a Phebo) que o tema do meu TCC foi o reposicionamento da marca no mercado e como isso foi positivo para a empresa. Essa colônia de Limão Siciliano também pode ser encontrada nas Lojas Americanas e Leader juntamente com os outros cheirinhos da linha, que não conheço ainda.

Comprando Cosméticos na Crise

                                            (dois blushes novos e originais da The Balm a R$ 50,00 no Enjoei. Lembro que paguei R$ 2,00 de frete num dia promocional)

A coisa não está fácil pra ninguém. Em meio a tantos aumentos, fica a lista de prioridades e começa-se o corte de supérfluos, afinal, de que adianta uma make bonita com as contas vencidas? Os cosméticos estão muito mais caros por dois motivos simples: 1-  aumento nos impostos para fabricação e distribuição e o dólar a R$ 4,00. O irônico é que surgem lançamentos de marcas importadas justamente nessa época do ano (os chamados holiday cosmetics) e aí você começa a babar querendo maquiagem importada da boa e da melhor qualidade, só que lembra de como seu bolso está vazio #comofas.


O que posso dar de dica é... 


1- Procure dupes. Sempre haverá uma marca nacional que terá uma tonalidade gêmea de uma internacional. Savana Matte da Contém 1g gêmeo do Diva da MAC, Retrô Matte  da Avon gêmeo do Please Me da MAC. Já vi na internet uma lista de batons nacionais dupes da marca, a lista é imensa.


2- Compre de segunda mão. Isso é uma questão muito pessoal, há quem odeie só imaginar usar algo que alguém já usou. Eu mesma não uso batons que passaram por outras bocas uy!, mas sou tranquila em relação a outros produtos: perfumes, sombras, blushes. O Enjoei é um site ótimo para caçar produtos de marcas importadas por preços mais baratos, seja porque são usados, seja porque estão sem embalagem, whatever. Não custa nada dar uma olhada e pechinchar. Só tome cuidado, pois há muuuuita réplica vendida como original e isso dá altas tretas. Já comprei produtos gato por lebre umas 03 vezes, felizmente o site é bem ágil para resolver esses problemas.


3- Promoção, promoção, promoção. Cadastre-se para receber as newsletters das lojas que você gosta e fique atenta para quando houver promoções. A The Beauty Box online é bem generosa e quase todo dia tem alguma oferta. Outra opção é aguardar pela Black Friday, mas ficando atenta com as ciladas do e-commerce brasileiro, como produtos com prazo de validade vencendo, "promoções" que na verdade é o preço real do produto, paciência eterna com a entrega dos Correios.


4- Não comprar. É, essa é a dica mais radical, mas a que mais vai proteger seu orçamento. Pense se você realmente precisa daquele produto, se pode esperar mais um pouco. Talvez você tenha um produto que nem usa muito e que pode ter o mesmo efeito do que o que você está desejando comprar. E não se iluda muito com as "edições limitadas", os produtos sempre se renovam e com certeza haverá um estoque encalhado que será vendido em janeiro pela metade do preço... 


No mais desejo boas compras e que seu cartão de crédito não sofra muito :p